terça-feira, agosto 25, 2009

Tarot Mitológico - por Mônica Lemos

 Tarot Mitológico (também conhecido por Tarot Mítico)

Olá, CSanos! Eu, seu amigo sobrenatural Dr. Claudio Gaspari, continuo percorrendo o mundo virtual em busca de curiosidades e conhecimentos para vocês.

Desde que o mundo é mundo, o homem tenta criar formas de saber o que se passará no futuro.

Praticamente todas as religiões aceitam isso de alguma forma. No caso das religiões as previsões obviamente são coisas mais globais e associadas ao fim do mundo e coisas parecidas. Mas...E se eu quiser saber do futuro de um indivíduo?

Uma das formas mais difundidas e conhecidas é o Tarô (Tarot).

Eu ia preparar um texto para vocês, mas fizemos melhor. Para quê perder tempo pesquisando se dentro de nossa comunidade existe uma taróloga? Quem melhor para falar disso?

Então abrimos espaço no blag para que ela possa nos contar sobre o Tarô, em especial o Tarô Mitológico.

O texto abaixo foi um brinde de nossa Taróloga oficial Mônica Lemos ( e eu não meti o bedelho em nada!)


Tarô Mitológico

As origens das cartas do Tarô, ou seja, quem as teria imaginado, onde , quando e com que objetivo, ainda são muito vagas e obscuras, a despeito de inúmeros livros e artigos que vêm ao longo do tempo tentando iluminar as trevas que lhe circundam.

O encanto das cartas é mantido não apenas pelos livros sobre ocultismo bem intencionados e corretamente formulados, mas também pelo fascínio que elas continuam exercendo sobre as pessoas em geral.

Muitas já tentaram ridicularizar a leitura do Tarô, comparando-o à bola de cristal, leitura de folhas de chá em feiras livres. Mas a verdade é que o Tarô vem prendendo a atenção dos homens por aproximadamente 500 anos e estima-se por mais uns 1000 anos (Se não morrermos todos de gripe suína - fato!)

Brincadeiras a parte, esse fascínio das pessoas pelo Tarô é algo forte. Muitas delas se consideram "ocultas", "sobrenaturais", o que na verdade não o são.

O Tarô está a disposição de quem quiser adquirir as cartas e se dispor a desvendá-las, ou seja, estudá-las bastante (eu faço isso a 19 anos e ainda acredito que não descobri tudo!)

Bem, voltando a sua origem, alguns estudiosos acharam resquícios das mesmas na metade do século XV, lá pela Europa. Outros tantos acreditam que elas apareceram em rituais religiosos e nos símbolos do antigo Egito. Outros crêem que elas vieram dos cultos misteriosos dos Mitras, nos primeiros séculos da Era Cristã e por ai vai, um monte de credos e achismos. Mas a verdade é que as primeiras cartas foram desenhadas e pintadas em meados do séc. XV na Itália.

Pulando um tanto de lero-lero e disse-me-disse, vamos ao que importa:

O Tarô que eu particularmente estudo, gosto e respeito é o Tarô Mitológico. Ele foi desenhado de acordo com as imagens dos deuses gregos, (tão amados pelos renascentistas e por mim que as acho lindíssimas).

As ligações entre os fatos de nossa vida cotidiana e o Tarô não existem porque há um significado associado. É o que queremos dizer com o nascimento, a morte e a puberdade enquanto experiências internas e externas.

São 22 cartas denominadas Arcanos Maiores, compõem uma série de imagens que descrevem diferentes estágios de uma viagem. Os Arcanos Maiores descrevem tanto o momento interior do indivíduo num determinado trecho da vida, bem como a espécie de experiência que ele poderá encontrar na vida a nível externo. As cartas representam tão somente a psique humana, que contém coisas muito profundas, sobre as quais muito pouco sabemos e parecem estar ligadas ao mundo externo por meio de algum significado.

Nas cartas encontramos as experiências fundamentais da infância - os pais conhecidos e os pais interiores do espírito e da imaginação - nas cartas do Mago, da Imperatriz, do Imperador, da Sacerdotisa e do Hierofonte.


Podemos reconhecer os conflitos e as paixões dos adolescentes dentro de nós, nas cartas dos Enamorados e do Carro.


Seguindo, iremos nos encontrar com os tribunais da vida, com os julgamentos, com os grandes desafios e tomadas de decisões, nas cartas da Justiça, da Temperança, da Força e do Eremita.

Atravessamos crises, perdas e súbitas mudanças de vida, pela carta da Roda da Fortuna. E sofremos o desalento e o desespero, nas cartas do Enforcado e da Morte.


Acompanhamos o Louco em confronto consigo mesmo, na qualidade de arquiteto da própria vida nas cartas do Diabo e da Torre.


E das trevas profundas, nasce então a esperança através das cartas da Estrela, da Lua e do Sol, quando a luz vence a escuridão e nos reconciliamos com a vida pelas cartas do Julgamento e do Mundo.


Todas as cartas dos Arcanos Maiores são ritos de passagem.

E agora vos apresento muy desabutinadamente: Os Arcanos Menores: 4 Naipes. (Só não vale jogar truco com elas certo?)


Simbolizados pela taça, bastão, espada e pentáculo, que representam as experiências nas 4 dimensões ou esferas da vida.

As cartas da corte de cada naipe: Pagem, Cavaleiro, Rainha e Reis abrangem os tipos de personalidades dos consulentes.

As cartas da corte têm seus mistérios porque quase sempre entram na vida do indivíduo não apenas sob a forma de uma experiência anterior, mas sob a forma de pessoas propriamente ditas.

O naipe de copas corresponde ao elemento água = Vida. Parte sentimental.

O naipe de Paus corresponde ao elemento fogo = o transformador. A parte da imaginação e da criação.

O naipe de Espadas corresponde ao elemento Ar = o Divino. O poder da mente.

O naipe de Ouros corresponde ao elemento Terra = a estrutura, o corpo. A parte da riqueza, pobreza, avareza, caridade. etc.

Copas aborda o mito de Eros e Psiquê por ser uma estória de amor arquetípica e cujo desenrolar compreende a maioria das experiências que encontramos em nossos próprios relacionamentos.

Paus, é examinado o mito de Jasão e o Velocino de Ouro, por ser arquetípicamente (adorei essa palavra!!!) estória de aventura, triunfo da criatividade e da intuição sobre as limitações concretas. O desenrolar da estória compreende a maioria das situações que encontramos ao nos empenharmos na expansão de nossa própria criatividade.

Espadas, acompanhamos o mito de Orestes e a maldição da Casa de Atreu, por ser uma estória arquetípica dos usos e abusos da mente, dos conflitos, das brigas e reconciliações. O desenrolarda história compreende a maioria dos conflitos que encontramos sempre que temos que acionar nosso código de ética e nossos princípios.

Ouros, vamos investigar o mito de Dédalo, por ser uma estória arquetípica sobre o destino do espírito encarnado, do homem imperfeito, e seu desenrolar abrange o desenvolvimento das aptidões e das habilidades do indivíduo no mundo das formas.

Enfim, para quem quiser se enfiar nessa viagem maravilhosa que é o estudo do Tarô, meu conselho é o seguinte: Respeito pelas cartas. Mantenha-as sempre embrulhadas em seda preta (por ser preto uma cor neutra - vai mantê-las sem vibrações nenhuma). Não permite que ninguém as manipule - a não ser você, evitando assim, impregnação de energia alheia em suas cartas.

Finalmentes...

Trabalhando com as cartas do Taro, sempre corremos riscos. Por isso temos que nos manter com ética e coerência, pois estamos numa área polêmica e fascinante.

Aquela que tira as cartas de taro trabalha não apenas com o simbolismo que cada carta tem, mas também com o imaginário e com as esperanças da consulente.

O imaginário e as esperanças desta consulente são sentimentos humanos delicados se partirmos do princípio de que, para que essas pessoas recorram ao taro, elas estão buscando uma solução para uma angústia ou problema, além de uma saída para ambos.

As questões sempre giram em torno de um possível amor, emprego, enfim, de um desejo e da realização deste. Surge então um momento delicado caso as cartas indiquem que o resultado é algo que a pessoa não espera ou anseia.

A resposta, neste caso, deve ser explorada de maneira neutra, ou seja, não use meias-palavras ou “rodeios”. A pessoa que está buscando esta resposta não ouve de forma objetiva, mas sim, emocional. O resultado disso pode ser uma escuta parcial do que você disse e uma interpretação distorcida do significado para que este se aproxime dos desejos dela.

Existem momentos em que as cartas nos parecem tão claras que ficamos tentados a falar demais ou sem cuidados e isto pode trazer problemas.

Sempre é bom lembrarmos que todos os arcanos têm uma interpretação positiva e uma negativa, mesmo que uma prevaleça na maior parte dos casos.

Também faz parte dos nossos desafios saber que tudo o que o tarot traz está sujeito a mudanças, seja a partir de uma reavaliação do cliente, seja por fatores inesperados, o que é marcado por cartas como a Torre e a Roda da Fortuna.


Além disso, sempre existem outras possibilidades que não foram levantadas pelo consulente. É aí que entra a humildade: podemos conhecer muito sobre o tarot, mas existem coisas que são trazidas pelo momento de vida e muitas vezes estão escondidas, pois não podem ser mudadas.

O destino é soberano! Independente das cartas ou dos anseios da consulente, existe o livre-arbítrio que podemos, sim, revelar num momento de angústia.

Como Taróloga, acredito no valor do desafio em ajudar as pessoas a se conhecerem melhor, a descobrir características ocultas, restrições e limites. Uma taróloga nada mais é que um instrumento do destino.

4 comentários:

Vivi Blood disse...

Texto bem escrito, de boa compreenção, parabens Mô, ficou ótimo .Todas as vezes que consultei tarô me dei bem, e deu certinho as predições =]

Mr. Yck disse...

Eu sou um "tarólogo amador".
Faço consultas só para amigos, e a primeira vez que lí para outras pessoas foi num trabalho de escola.
Praticamente todas que eu lí "acertaram", algumas detalhadas demais até :P

Ótimo post, Dr e Mo

Mônicats disse...

Amo essas cartas.
Além de achá-las lindas, gosto dos conselhos que ela nos dá.

Valeu Claúdiooooooooo o/

Alan Emmanuel disse...

Monicats... lembrei que te pedi pra ler pra mim... tinha escolhido o nº 4... tô esperando o resultado... o/
Xêro...